quarta-feira, 23 de junho de 2021

SIRENA 2ª parte Rei Jeroboão

 Embora Deus abençoe maravilhosamente aqueles que lhe são fiéis, vale a pena lembrar que ser abençoado não significa ficar livre de dificuldades. É oportuno lembrar o exemplo do íntegro, reto, temente e fiel Jó, entre tantos outros exemplos do passado e do presente, que poderiam ser mencionados.


3. AS RESPONSABILIDADES DOS QUE LIDERAM

Por motivos políticos e de vaidade pessoal, o rei Jeroboão desviou-se do Senhor. Ele, cuja proclamação como rei foi algo dos planos de Deus, agora deixa Deus completamente fora de seus planos. Com medo de que o povo fosse a Jerusalém para adorar ao Senhor e com isso voltasse para o reino de Judá, decidiu estabelecer no seu reino o culto idólatra, convidando o povo para adorar diante dos bezerros de ouro (I Rs 12.26-33). O culto idólatra permaneceu até à queda do reino.

Jeroboão designou homens sem qualquer qualificação para serem sacerdotes. A quem desejasse ele dava a investidura para se tornar sacerdote dos lugares altos. Não eram homens da linhagem de Levi, conforme Deus havia determinado (I Rs 12.31; 13.33-34). As­sim, Jeroboão conduziu o povo ao pecado.

Por culpa de Jeroboão, todo o Israel caiu em pecado. Ele, que começou defenden­do os direitos e as causas justas do povo, tornou-se responsável pelos erros religiosos de todos os moradores de Israel.

Aqueles que lideram, presidem, ensinam etc., precisam vigiar a sua conduta e observar os seus caminhos, pois, muitos são os que seguem o seu exemplo e os tomam como referencial para suas vidas. Assim, é preciso tomar todo cuidado para não levar outros ao erro. O escritor de Eclesiastes afirma que o erro dos que governam é um grande mal presente na terra (Ec 10.5).

Um exemplo notável de alguém que estava plenamente convicto de suas responsabili­dades pode ser encontrado no apóstolo Paulo. Ele afirmou: “Sede meus imitadores, como eu sou de Cristo” (I Co 11.1). Quantos de nós podemos fazer tal afirmação?

O apóstolo Pedro adverte quanto ao risco de se cair da firmeza devido à influência errônea dos insubordinados (II Pe 3.17). Judas, o escritor da epístola, declarou que muitos se precipitaram no erro de Balaão (Jd 11).

4. O PREÇO DA INFIDELIDADE

O triste caminho de Jeroboão, seguido por seus sucessores, trouxe calamidade a ele e ao reino de Israel. A sua infidelidade custou-lhe a vida do filho Abias (I Rs 14.1-20). E curioso observar que Jeroboão era alguém bem intencionado, pois deu o nome de Abias ao seu filho, que quer dizer: “Deus é meu pai”. Só que as atitudes de Jeroboão revelam que ele rapida­mente esqueceu-se de Deus como Pai e viveu vida de rebeldia diante do Senhor.

A Bíblia Vida Nova, comentando o versículo 11 do capítulo 14, declara: “A maldição sobre a casa de Jeroboão foi completa, pois considerava-se uma calamidade moral, o não receber, na morte, os devidos funerais (Jr 16.6)”.

Se, por um lado, Deus abençoa àqueles que lhe são fiéis, por outro, Ele traz o castigo e a merecida punição pela desobediência. Foi o que aconteceu com o reino de Israel que, induzido por Jeroboão, afastou-se do Senhor.

Muitos são aqueles que estão pagando um alto preço por sua infidelidade a Deus. Se as conseqüências não são imediatas ou se Não acontecem nesta vida, todos podem estar certos de que um dia a infidelidade será manifestada para vergonha e tristeza do infiel. Eles ouvi­rão de Jesus a sentença: “…servo mau e negligente…lançai-o para fora nas trevas. Ali have­rá choro e ranger de dentes” (Mt 25.29-30).

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