“Viu, pois, Moisés toda a obra, e eis que a tinham feito segundo o Senhor havia ordenado; assim a fizeram, e Moisés os abençoou” (v.43).
Para o ofício no santuário, o Senhor ordenou que se fizessem vestes especiais, “finamente tecidas”, além das “vestes sagradas para Arão” (v.1), “e as vestes de seus filhos” (v.41). Assim como o fez com a estrutura de todo o tabernáculo, as vestimentas “para ministrar no santuário” (v.1) foram descritas por Deus de forma detalhada. Como tudo no santuário, as roupas também deveriam declarar “Santidade ao Senhor” (v.30). Além do simbolismo das vestes, o Senhor também prezava pela decência em Sua Casa de Oração. Em orientação anteriormente dada a Moisés, isso ficou bem claro: “Nem subirás por degrau ao Meu altar, para que a tua nudez não seja ali exposta” (Êx.20:26).
Já é comprovado que a roupa diz muito a respeito da pessoa e que mensagem ela deseja transmitir. Ao mesmo tempo, há o risco de julgarmos o conteúdo pela embalagem. Nem sempre o que vemos por fora revela o que há por dentro. A estrutura do tabernáculo revelava isso, já que por fora era revestida por peles de animais, e por dentro reluzia o brilho do ouro. Mas o real desejo de Deus era que os sacerdotes e levitas fizessem jus ao que os vestia de forma tão bela. Por sete vezes encontramos a expressão “segundo o Senhor ordenara a Moisés” (v.1, 5, 7, 21, 26, 29 e 31), indicando o perfeito cumprimento quanto a esta importante “obra do tabernáculo” (v.32). Cada oficial do santuário foi vestido pelo padrão do Céu.
Tudo estava pronto. Cada detalhe fora concluído, desde a parte interna e externa, até as “vestes finamente tecidas” (v.41). Vendo que tudo havia sido feito conforme as instruções divinas, “Moisés os abençoou” (v.43). A obediência sempre vem acompanhada da bênção. E o fato de terem sido abençoados antes mesmo da primeira montagem do santuário, confirma as palavras do profeta Samuel, quando afirmou: “Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar” (1Sm.15:22). Não é o que vestimos, o que usamos ou o que fazemos que importa para Deus. E sim, porque vestimos, porque usamos e porque fazemos. Qual é a nossa real intenção?
O apóstolo Paulo nos advertiu: “abstende-vos de toda forma de mal” (1Ts.5:22). Isso inclui todas as nossas escolhas. Mas, antes de qualquer mudança exterior, deve acontecer a interior. Se a aparência de santidade vista por fora não for uma extensão da obra interior do Espírito Santo, não passa de uma farsa que não pode ocultar-se dAquele que sonda os corações. “Aconselho-te”, diz o Senhor, “que de Mim compres… vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez” (Ap.3:18). Não seja o nosso adorno o que é exterior, “seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus” (1Pe.3:4).
Que toda mudança vista em nós