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sábado, 9 de abril de 2016

CONTEMPLANDO O DESERTO


Ao  apresentar esta postagem, queremos  convidar o leitor para um passeio pelo  desertos  do  mundo. De  alguma forma  estamos  todos  contemplando a  vida com  suas transformações, com  suas  surpresas, seus  acontecimentos  históricos,  sociais ,físicos emocionais  e psicológicos .

A Bíblia narra no  livro de Gen. 31- 34  a  história de uma  família  onde  aconteceu  toda  sorte  de  fraqueza humana.  Todos  os  acontecimentos   de  roubos,  enganos,  mentiras e idolatrias que exibiram  grandes  conflitos  familiares e a  flutuação  de  relacionamentos entre pais e  filhos ,e que  em  nada   difere  dos  dias atuais.

Esta reflexão, contará fatos  do  cotidiano, mas  também  citará  a Palavra  de Deus, como  um  farol que  guia o  peregrino  pelas  escuras areias  do  deserto  do  mundo ,  e  também  será um Oásis  para  refresca-lo  no  escaldante  calor  do  dia a  dia  da  existência  humana.

Esta reflexão,  nos  fará levantar  do  comodismo  do  nosso Ego, dos  nossos  títulos ,da  nossa  religiosidade,  das  nossas ilusões para  vermos  os  desertos  da  vida de  outros , onde podemos nos  compararmos  antes  mesmo de poder  nos  julgarmos.

A  história  de  Jacó  aconteceu  no  Deserto  de  Padã- Arã  . Ao  fugir  do irmão  ele  foi para a casa dos  parentes  de  sua  mãe  e lá  conheceu  Raquel  e  obcecado  por  esta  paixão  , trabalhou gratuitamente  por   quatorze  longos  anos . Constituiu uma  família  numerosa , mas  chegou a  hora  de ir embora , mesmo  contra  a vontade  do  sogro Labão.

Ao  fugir Raquel , roubou  os  ídolos  do pai Labão  e  os  escondeu na  albarda do  seu  camelo , o que  fez  com  que  a  raiva   enchesse o  coração  do  velho patriarca , que  os  perseguiu , até  as margens  do Rio  Eufrates  mas  nada encontrou. Os  ídolos  eram  documentos de propriedade  da época , e  tudo leva  a  crer  que  Raquel , roubara propositadamente  para  fazer  justiça a  seu  marido por  ter  trabalhado  gratuitamente para  seu  pai.

Com   este  pequeno alicerce humano  queremos  narrar  histórias de pessoas  que  atravessaram  ou ainda  estão  atravessando  os  áridos   desertos  da    vida , com ídolos  escondidos na  albarda  da  sua  existência,  como   fez  Raquel.

Escolhemos  três personagens   da Bíblia , para exibir  seus  comportamentos, que  hoje  servem  de  exemplos  para todos  nós. Não existe diferenças  , pois  as  fraquezas  são  as  mesmas . O  homem  de  ontem , é  o  mesmo homem  de  hoje, na  sua  maneira  de pensar,  de  agir,  de   ver, e  de  andar,  mesmo  porque  , por  mais  que  surjam  invenções  cientificas , ele (o homem) continua o  mesmo.

Vamos  meditar sobre Jacó, Labão e Raquel. O  engano  foi  uma  constante  entre os  três no  deserto  de  Padã Arã que era uma  cidade , por  onde  passava  os  peregrinos  que  estavam  viajando nas  suas  constantes  idas e  vindas  de  negócios.

Padã Arã é  hoje  a  região  da  Turquia , no  oriente, mas  no  passado  foi  o  cenário  de  acontecimentos dos  tempos Bíblicos. Foi  para  este  lugar  que  fugiu  Jacó, quando  enganou seu  irmão Esaú . Apesar  de   serem  gêmeos , fisicamente  Jacó era  menor que  Esaú e  gostava  de  estar  ao lado  da mãe. Em contrapartida  Esaú  era  caçador e  tinha  um porte  físico forte e exuberante.

Coisa  interessante , é  que  Deus ''não vê como o homem vê'' 1 Samuel 16:7 e  aquele  corpo de Esaú  , em  nada   imprecionava  ao  Senhor mas  o  fato  é  que  , Jacó não  confiou no Deus que ele  conhecia  e  confiou  nos  seus  enganos . Jacó  traiu e enganou  seu irmão  se  aproveitando da fome  para  negociar , pois  Esaú  negociou  um  guizado , trocando pela  primogenitura.

''Maldito o  homem que  confia no homem e  faz  do  seu  braço a  sua  força  e  se  aparta  do Senhor''Jeremias  17:5. Diz a Bíblia.

Nos  desertos  da  vida , existem os momentos de   fragilidade em  que a  pessoa  está  vulnerável e concorda e  chega a  negociar com  o que  não  tem. Tem  existir em  cada  um  de  nós ,  determinados  limites  , em  tudo.  Se  nosso  poder  aquisitivo , não nos  dá condições para  comprar  determinadas  coisas , por que nos  encher  de  dívidas  e  cartões, se  não  podemos  pagar?

O   deserto esta cheio de  miragens e elas aumentam  todos  os  dias. Por que  ficar  se  martirizando? É  nesta  hora que temos que  viajar nas   azas  da  fé.  Vamos  deitar  nestas  azas  e  subir o mais  alto  possível , na  imaginação  , confiando  em  Deus  que  pode  tudo  e que  nos  dará as  condições  ,para  atingirmos os  nossos  objetivos ,  e  trazer para a realidade  as coisas  que  não  existem.

Conheci um amigo  que  me  chamou  para ir a  uma  loja  dizendo  que  ia  comprar  um  carro, mas ao  chegar  lá  comprou uma  flanela . Fiquei  intrigada  e ele  me respondeu:  ''estou  começando a comprar  o  carro ''. Aquela  flanela  era  para  limpar o  carro que  só  existia  nos  sonhos  dele. Exatamente , um ano  depois  ele  apareceu com  os  dois: a  flanela  e  o  carro 

''Buscai em primeiro lugar  o  Reino de  Deus  e a  sua  justiça  e  as  demais  coisas  vos  serão  acrescentadas'' Mateus  6:33

Jacó  trapaceou , enganou e  fugiu e  quantos  estão  fugindo pelos   desertos  da  vida? Se  sua  postura  fosse outra, diante  dos  seus  sonhos,   enfrentariam os  ventos  contrários  das  tempestades  de  areia do  deserto para  chegar  ao oásis  da vida,  sem  se  afundar  nas  areias  movediças  das  dívidas

Mas  Jacó  tinha  objetivos  e  por  eles lutou e  conseguiu  vencer. Jacó  se  apaixonou por  Raquel  e  por  esse  amor  trabalhou  quatorze  anos . Foi enganado por  Labão ,pai de  Raquel da  mesma  forma  que  enganou seu irmão. O ''ciclo dos  enganos'' foi  se fechando por  todos  os  lados, porque mais  adiante , chegou a  vez  de  Labão  ser  enganado pela  filha  Raquel , que não  somente enganou como roubou os ídolos  do  pai.

Raquel escondeu os  ídolos  na  albarda do  jumento. Albarda  é  uma  cela  grosseira  cheia  de  capim,que  se  coloca  no  lombo dos  animais   de  carga, diz  o ( Dicionario). Por que  tinha  que   ser um burro?  Não  poderia ser  um  camelo?

Mas  comportamentos  errados , tem  que ter  conotações  baixas  e nada  melhor que  um  burrinho  para  dar  significado a  estupidez  que  é  roubar  e  esconder. Um  camelo , jamais poderia  servir  a  esse  papel. Um camelo é  significado de altura  e  de  cima   dele se pode  contemplar  o que  está  embaixo, se  bem  que , tem  muita  gente  arrogante que  olha  para os  outros como se  estivesse  em  cima  de um  camelo.

Trazendo  do  texto  para o  contexto, podemos  observar  que nos   desertos da vida  tem muitos (Jacó),  muitos  (Labão)  e  muitas (Raquel), que  são  exemplos  para  nós. Não  podemos  nos  apegar  as coisas  deste  mundo  de   desertos  porque tudo aqui  vai  ficar. Vamos  voltar  da  mesma  forma  que  chegamos  , sem  nada .

  E disse  Jó,  no  capitulo1:21 : Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou: bendito seja o nome do SENHOR.

O importante é  voltarmos  com  Cristo Jesus. Não  podemos  negociar  nossa  Salvação como  se  fosse  um guizado  de  Esaú no    deserto.


                                                                  XXXXXXX

Vamos refletir  contemplando outros tipos  de  deserto na  próxima postagem.